Acompanhada de seu pai, o professor universitário Homero de Oliveira Costa, Isabela chega à Redação deste jornal trajando um vestidinho na moda. Inicialmente tímida, a menina que cursa o oitavo ano do ensino fundamental, fala sem atropelos sobre seu processo de criação. A informação é confirmada pelo pai, mas nem precisava. A autora fala com desenvoltura sobre as obras lidas, entre uma delas ela cita Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. “Gosto de ler livros para minha idade e livros mais avançados, mesmo que seja um pouco difícil de entender, mas para quê existe dicionário”.
A declaração foi uma no meio de tantas outras surpreendentes. Segundo Isabela, o seu gosto pela leitura vem desde a infância. Ela explica que sua casa tem uma biblioteca grande, com milhares de livros e, diferente das amigas dela, que se impressionam com o volume de títulos, ela acha que os livros são poucos. “Eu gosto muito de ler. Às vezes minha mãe reclama porque eu gasto muito dinheiro comprando livro nas livrarias”.
Isabela conta que a ideia de escrever o livro aconteceu por acaso. Ela disse que gosta de fazer coisas diferentes quando está ociosa. “Na semana passada desmontei meu guarda-roupa, mas não consegui tirar do lugar. Quando comecei a escrever foi assim também”. Logo no primeiro dia Isabela escreveu 50 páginas da obra e três meses depois estava com o livro concluído. A autora recebeu o incentivo dos pais, que trataram de publicar pelo Sebo Vermelho este primeiro trabalho da autora.
O livro conta a história de um bebê – Angelina – que foi deixado na porta dos seus futuros pais, acompanhada por um cetro e um bilhete. Nesta casa a menina foi criada com muito carinho e cercada por cinco irmãos que a adoravam. Ao completar 12 anos ela descobriu sua verdadeira origem. Procurada por um bruxo poderoso, chamado Capeva; a menina descobre que o cetro que a acompanha desde seu nascimento tem poderes mágicos. A partir daí começa uma aventura contada em 133 páginas".
Fonte: Tribuna do Norte - 24 de Abril de 2010.
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