sexta-feira, 29 de abril de 2011

Homenagem ao cantor e compositor Pedrinho Mendes




No 3º Festival Literário, 2010, a professora Lúcia Morais e seus alunos do 3º ano, turno matutino, preferiram fazer uma pesquisa sobre este ilustre artista potiguar, Pedrinho Mendes, que compôs a música "Linda Baby" para a cidade que, segundo ele, "é a cidade que é o meu viver".
Com 30 anos de carreira, quatro CDs gravados (Esquina do continente, Um Pedro a Mais, Cantam-me e Canto-os), Pedro Inácio Filho soube cantar as belezas natalenses como nenhum outro músico. Escrita há duas décadas, "Linda baby" tornou-se um verdadeiro hino a Natal. A música está na ponta da língua de cada natalense que canta com brio sua terra. “Linda Baby é o hino extra-oficial da cidade”, diz orgulhoso.
Nascido em Parnamirim, no ano da graça de 1963, Pedrinho é filho de um oficial da Aeronáutica, que serviu em várias cidades brasileiras, mas fixou residência em Natal, a Rua Mendes Sá, no Barro Vermelho. Apesar de o seu pai ser músico de carreira, Pedrinho Mendes é um autodidata confesso. Aos 10 anos, o menino Pedrinho ganhou um violão do seu pai e logo tomou gosto pela música.
Aos 14 anos, colocou o violão na mochila para morar em Fortaleza, indo estudar num colégio militar, no qual fez parte da banda marcial estudantil e ao mesmo tempo, começou a compor seus versos. Três anos depois, Pedrinho retornou a Natal onde começou a tocar na noite, em bares da moda como o Beco da Música, ao lado de Chico Elion. Em 1980, Pedrinho já era uma figura concorrida nas noites natalenses, trabalhando profissionalmente nos melhores barzinhos.
Por volta de 1982, no ápice do bar Boca da Noite, o músico relembra que passou de Pedro à Pedrinho. Antes disso, jamais tinha sido chamado de Pedrinho. Pelo contrário. Por causa dos seus quase dois metros de altura, sempre foi chamado de Pedrão. Principalmente, no tempo em que praticava atletismo, onde deixou alguns recordes no salto triplo e salto de altura nas escolas em que estudou.
Logo depois, Pedrinho começou a tocar ao lado de Sueldo Soares nas famosas batucadas natalenses, nos bares como Boteco, Moenda, entre outros agitos. Seu talento já não cabia mais na noite. Nessa mesma época, Pedrinho começou a participar do “Projeto Pixinguinha” em Natal e do "Projeto Pixingão", no Rio de Janeiro, ao lado de João do Vale e Tetê Espínola. Em 1985, ganha o 1º lugar no 2º Festival de Música e Poesia da UFRN. É a consagração.

Em novembro de 1986, ele finalmente gravou “Esquina do Continente”, que foi lançado no ano seguinte, com uma grande força da TV Ponta Negra e com a participação decisiva do saudoso senador Carlos Alberto. Conforme Pedrinho, naquela época estava faltando matéria prima para a elaboração do disco em vinil, que só atendia aos grandes nomes da MPB como Roberto Carlos Caetano Veloso, Fagner, entre outros. Carlos Alberto usou seu prestígio de senador e conseguiu a prensagem do LP “Esquina do Continente”, com música de Babal, de Carlos Santa Rosa, participação de Sueldo Soares e outras músicas de autoria de Pedrinho como “Linda Baby”, que foi a música que o popularizou.













Um comentário:

Unknown disse...

Pedrinho Mendes, é realmente a alma de Natal,infelizmente esquecido pelo poder público e cultural.
Parabéns pela matéria.