terça-feira, 22 de março de 2011

Comentário de Rosângela Trajano

Era uma manhã de sol sorridente em Natal, manhã de sol sorridente nos lábios dos alunos da Escola Municipal Henrique Castriciano quando cheguei pela primeira vez àquela escola. Fui surpreendida com a equipe de professores, diretora, coordenadores, funcionários e alunos. Nunca antes vi tantas palavras espalhadas pelos corredores de uma escola, palavras que diziam pouco ou muito, mas que diziam. Recebi das mãos da professora Alzenir Araujo um trabalho de produção textual das crianças e me encantei com a escrita dos textos. Na sala de leitura simplesmente voltei a ser menina e sentei-me no chão pra sentir o gostinho de brincar de ler ao lado dos alunos. De lá pra cá não parei mais de visitar a escola. Quando chego, sinto-me como se estivesse numa fábrica de leituras onde os operários leem cada vez mais, onde a sua casa de máquinas principal está localizada na biblioteca. É um lugar mágico. Um lugar encantado. Um pedacinho de "era um vez" e "foram felizes para sempre" que muito me emociona. Não é simplesmente uma escola. Não, de maneira nenhuma! É um lugarzinho cheio de carinho e afeto. Gosto tanto dessa escola que em meus dias de folga vou visitar os alunos só para vê-los fabricando leituras. Tem gente que não sabe, mas a Escola Municipal Henrique Castriciano tem escritores e poetas mirins, tem gente miúda lá dentro que ama muito a leitura e sabe como ninguém ser amigo de livro. Quando eu crescer quero ser que nem os alunos dessa escola: leitores.”
Rosângela Trajano _ escritora e poetisa infantil




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